maio 29, 2012

Puxou-o pela mão. Olhou-o nos olhos e silenciosamente implorou-lhe que ficasse. Ele respondeu-lhe com um olhar desviado. Nada poderia ter sido tão esclarecedor como foi aquele olhar. Largou-lhe finalmente a mão. Bateu com os pés. Gritou. As lágrimas começaram a escorrer-lhe pelo rosto. Limpou-as com a camisola malha creme. Mas elas continuaram a escorrer e quanto mais lágrimas ela limpava, mais lágrimas apareciam, até que desistiu de as encobrir. Ela viu-o afastar-se lentamente. Observou-o até ele se transformar apenas num ponto preto no horizonte. Sabia que não havia mais nada que pudesse fazer. Não se pode obrigar alguém a ficar. Somos todos donos da nossa pessoa e nada mais. Ele não lhe pertencia. Não lhe pertencia nos beijos roubados. Não lhe pertencia quando entrelaçavam os dedos gélidos. Mesmo nas noites de céu estrelado, ele não lhe pertencia e jamais lhe iria pertencer.


16 comentários:

cláudiagomes. disse...

está perfeito, Ana.

Marisa Engenheiro disse...

que lindo. E é verdade: só somos donos da nossa pessoa.

Joana disse...

Oh princesa, força <3

CM disse...

gostei muito destas tuas palavras :)

Nádia Guerreiro disse...

Amei !

rita sousa. disse...

gostei muito deste teu texto tal como gostei do teu blog. :)
vou seguir-te. *

Marisa Engenheiro disse...

oh obrigada princesa :)
já te tinha dito, este teu post, está prefeito!

Anónimo disse...

adoro!

cláudiagomes. disse...

Eu escrevo bem mas, tu... abusas.

Joana disse...

Muito obrigada querida <3

Marisa Engenheiro disse...

é bom sinal, é sinal que andas ocupada :)

Aurora disse...

Obrigada eu, és um doce. <3

Ana. disse...

adorei !

CM disse...

ainda bem que gostas querida :) peço imensa desculpa pela demora :|

Megan Smith disse...

Gostei do teu blogue e segui-o (:

Anónimo disse...

EspectaculaR!

Vou passar a seguir! :)