Puxou-o pela mão. Olhou-o nos olhos e silenciosamente implorou-lhe que ficasse. Ele respondeu-lhe com um olhar desviado. Nada poderia ter sido tão esclarecedor como foi aquele olhar. Largou-lhe finalmente a mão. Bateu com os pés. Gritou. As lágrimas começaram a escorrer-lhe pelo rosto. Limpou-as com a camisola malha creme. Mas elas continuaram a escorrer e quanto mais lágrimas ela limpava, mais lágrimas apareciam, até que desistiu de as encobrir. Ela viu-o afastar-se lentamente. Observou-o até ele se transformar apenas num ponto preto no horizonte. Sabia que não havia mais nada que pudesse fazer. Não se pode obrigar alguém a ficar. Somos todos donos da nossa pessoa e nada mais. Ele não lhe pertencia. Não lhe pertencia nos beijos roubados. Não lhe pertencia quando entrelaçavam os dedos gélidos. Mesmo nas noites de céu estrelado, ele não lhe pertencia e jamais lhe iria pertencer.
16 comentários:
está perfeito, Ana.
que lindo. E é verdade: só somos donos da nossa pessoa.
Oh princesa, força <3
gostei muito destas tuas palavras :)
Amei !
gostei muito deste teu texto tal como gostei do teu blog. :)
vou seguir-te. *
oh obrigada princesa :)
já te tinha dito, este teu post, está prefeito!
adoro!
Eu escrevo bem mas, tu... abusas.
Muito obrigada querida <3
é bom sinal, é sinal que andas ocupada :)
Obrigada eu, és um doce. <3
adorei !
ainda bem que gostas querida :) peço imensa desculpa pela demora :|
Gostei do teu blogue e segui-o (:
EspectaculaR!
Vou passar a seguir! :)
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