Aqui estou eu, no mesmo lugar, invocando o teu nome com as minhas banais palavras. O intervalo de tempo é relativamente curto desde a última vez que te escrevi, no entanto não altera o facto de que as coisas estão um pouco diferentes desde a última vez, ou serei apenas eu que mudei? Hoje estiveste enfurecido; uma das vezes que passaste por mim, não te consegui impedir de levar as minhas lágrimas carregadas de saudade e desapontamento. Começo a achar que realmente ouves as minhas preces. Viste como hoje choveu? Já sentia saudades deste tempo, em que calçamos as nossa pantufas de lã, cobrimos as pernas com uma manta e com as mãos, abraçamos uma caneca de chocolate quente.
Sabes como dói? Não, não me refiro ao frio que nos queima as mãos, ou às pingas de chuva que nos desconsolam o corpo. Refiro-me a ele! Sabes como dói sequer vê-lo? Sabes como dói olhar para os olhos dele a contrastarem com o céu cinzento? Sabes como é passar por ele e sentir um arrepio que me percorre na vertical? Que me arrepia, que me tira a respiração, que faz o meu coração parar de bater... Sabes como o desejo de o querer me arranha em feridas profundas? Não fazes mesmo ideia pois não amigo Vento? Talvez se soubesses terias também levado para além das lágrimas, este sentimento (in)desejável.
(escrito quarta feira passada, no dia 26)
7 comentários:
Gostei bastante!
Beijo
o tempo vai passando, e o vento pode levar muita coisa..mas o sentimento fica sempre, corroendo o coração por não poder existir
Que bonito *--*
deliciei-me bastante a ler a carta. cada palavra está perfeita conjugada com a anterior e com a seguinte. tens imenso jeito. gostei bastante :)
.. nem existem palavras.
que lindo.
adoro a tua escrita <3
Tão lindo o texto *.*
Pois, infelizmente o tempo leva tudo, não fica tudo na mesma :x
Era bom era, se o tempo parasse nas coisas boas :b
Amo os teus textos :D
Seguir, óbviooo :D
P.S: Desculpa estar a comentar anónimo, mas é que não consigo comentar com a minha conta, não percebo :x
Assinado: http://claudiavanessasilva.blogspot.com
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