fevereiro 15, 2013

Eu não sou de ninguém, mas o mundo é meu. O mundo é meu, porque o mundo é dos loucos. E este noite, eu auto proclamo-me dona do mundo. Dona do mundo, porque a loucura é minha dona. Minha e de todos os loucos que vagueiam na escuridão do dia e se achavam perdidos e se perderam achados. Perdidos nas enfadonhas horas e achados na insanidade de tudo o que nunca foram. Loucos porque só nós reconhecemos a essência do sol a bater-nos na cara e do vento a varre-nos o ser. Loucos porque do infortúnio tropeçámos intencionalmente no auge da felicidade, o nirvana dos nossos dias cinzentos. Antes assim seja, que no mal tivéssemos encontrado o bem e do inferno tivéssemos feito o céu. Idolatras do amanha que não tarda e da lua que ainda está por aparecer, assim que o sol se puser; tudo no seu compasso de existência e na precisão exata dos insanos, que têm a capacidade de aguardar por tudo o que ainda não houve. Somos apaixonados pelo drama que vira comédia, o amor que vira tragédia e vice-versa. Amantes dos livros com fragrância clássica, -não velha-, amantes das músicas que nos viram ainda mais loucos, amantes de outros loucos, que nos fazem sempre cometer mais uma loucura.

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